quinta-feira, 28 de agosto de 2008

CUIDADO COM O PEIXE-ARANHA!

Por experiência própria vou alertar para o problema da picada do peixe-aranha. Eu fui picado na praia de Galápos em Setúbal. O peixe-aranha encontra-se ao longo das costas do sudoeste europeu (costa portuguesa e até nos Açores) e do nordeste africano, parcialmente enterrado na areia a poucos centímetros de profundidade, abaixo da linha da maré. A fim de sobreviver quando a maré está baixa, o peixe-aranha procura um pequeno regato/charco deixado pelas águas que se retiram e ali fica deitado sobre o ventre. Com sua cor marrom, ele pode ser confundido e passar desapercebido entre algas e conchas vazias. Na realidade é uma armadilha escondida, pronta para disparar ao menor toque. A segunda barbatana dorsal é longa, macia e inofensiva. Mas os opérculos (parte óssea que protege as brânquias) têm dois espinhos, cada um com duas pontas. A primeira barbatana dorsal tem raios curtos e agudos que se eriçam ao toque do pé humano. Junto à base dos espinhos existem sulcos por onde é segregado um veneno perigoso. Este veneno pode chegar ao sangue e paralisar o pé ferido e até mesmo a perna. Diz-se que, às vezes, essa infecção chega a ser fatal. Estas picadas provocam dores terríveis e de igual maneira intensas, sendo sempre aconselhável a procura imediata de ajuda médica. É importante recorrer a uma unidade de assistência médica ou hospital. Sempre que ocorra uma picada, o tratamento imediato consiste no aumento da temperatura no local da picada, quer por imersão do membro afectado também em água à temperatura máxima suportável, durante 30 a 90 minutos, ou recorrendo a meios de improviso, como a aproximação de 1 cigarro aceso, à menor distância que, claro se puder suportar; este tratamento só tem interesse se aplicado na ½ hora seguinte à picada, é necessário recorrer ao uso de analgésicos consoante a intensidade da dor.
Adaptado de:
http://www.achetudoeregiao.com.br/ANIMAIS/peixe_aranha.htm