quarta-feira, 6 de agosto de 2008

OS JOGOS OLÍMPICOS
A Grécia Antiga deixou a toda humanidade, um dos mais expressivos legados culturais da história, com destaque para a filosofia e dramaturgia, pois essas manifestações não eram conhecidas entre as civilizações que antecederam os gregos na história. Essas manifestações nascem apenas com os gregos. Outro aspecto que se desenvolve somente com os gregos é o desporto. Até então, os exercícios executados pelo homem eram involuntários, em busca da caça para sobrevivência. O lema do atletismo “mais rápido, mais alto e mais forte” (“citius, altius e fortius”), representado pela trilogia correr, saltar e lançar, surgiu por volta de 776 a C. entre os jovens e soldados gregos, para desenvolver as habilidades físicas e criar as competições. Os gregos iniciaram o culto do corpo. A estética, o físico e o intelecto faziam parte da sua busca para a perfeição, um belo corpo era tão importante quanto uma mente brilhante.
Os Jogos Olímpicos, faziam parte dos quatro grandes jogos religiosos pan-helénicos celebrados na Grécia Antiga e os espectadores vinham de todas cidades-estado que formavam o mundo grego. Os demais Jogos eram os Píticos, os Ístmicos e o Nemeus. Sediados na cidade de Olímpia, em homenagem a Zeus (deus supremo da mitologia grega), os Jogos Olímpicos eram muito antigos, mas foi a partir de 776 a C. (data da fundação dos jogos) passou a ser feito um registo dos vencedores. Atletas das cidades-estados gregas reuniam-se na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições desportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo ( luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco).
Originalmente os atletas competiam nus e as mulheres eram excluídas dos jogos. Certa ocasião, uma mulher decidida a ver seu filho competir, disfarçou-se de treinador. No fim da competição, com a vitória do filho, a mulher entusiasmada saltou a vedação e tudo foi descoberto. Desde esse dia até aos treinadores foi exigida a nudez. Os atletas que infringiam as regras estabelecidas, eram multados rigorosamente. Os vencedores recebiam uma palma ou coroa de oliveira, além de outras recompensas da sua cidade, para a qual a vitória representava grande glória. De volta à terra natal eram triunfalmente acolhidos, podendo inclusive, receber uma pensão vitalícia. A homenagem podia consistir até na construção de uma estátua do vencedor, além de poemas em louvor às vitórias dos atletas gregos.
O imperador romano Teodósio I, converteu-se ao cristianismo, terminou com os Jogos entre os anos de 393 e 394. Todas as referências pagãs da antiguidade deveriam ser interrompidas.
Os jogos foram reeditados em 1896 na cidade de Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Frédy, o barão de Coubertin. Fascinado pelo comportamento dos gregos no passado, Coubertain convocou em 1894, uma reunião com delegados de 9 países, expondo seu plano de reviver os Jogos que tinham sido interrompidos há 15 séculos e que ainda hoje se realizam.